sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Então Qual o Porquê de Me Cativares?

PORQUÊ ME CATIVASTE

CATIVAR

Quem és tu? ... perguntou o principezinho... tu és bem bonita...
Sou uma raposa ... ela respondeu ...

Príncipe : ...vem brincar comigo... estou tão triste...

Raposa : ...eu não posso brincar contigo! Não me cativaram ainda.
Príncipe : ...ah ! desculpe-me... o que quer dizer "cativar"?

Raposa : ...tu não és daqui... que procuras?
Príncipe : .procuro amigos... que quer dizer "cativar"?
Raposa : ...é uma coisa muito esquecida... significa criar laços.
 
Príncipe : ...criar laços?
Raposa : .exatamente !!! Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos! E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma simples e mortal raposa igual a cem mil outras raposas. Ah !!! ...mas se tu me cativas... nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo, e eu serei para ti a única no mundo...
 
E a raposa continuou...
Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também.

E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol... Conhecerei seus passos, um barulho que será diferente dos outros.

Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca... será como música aos meus ouvidos... E depois, olhai! Vês lá longe os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.

Os campos de trigo não me lembram coisa alguma... e isso é triste ! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado.

O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti... e eu amarei o som do vento que passa no trigueiral... por favor, cativa-me !

Bem quisera disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas outras coisas para conhecer.

A gente só conhece bem as coisas que cativa, disse a raposa. Os homens não têm tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo... anda... vamos lá... cative-me !!!

Que é que preciso fazer... perguntou o principezinho.

É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro, um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto dos olhos e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas a cada dia, tu te sentarás cada vez mais perto... e....

No dia seguinte o principezinho voltou.

Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro horas da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.

Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então... estarei inquieta e agitada; descobrirei o preço da felicidade. Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... 

E assim foi... o principezinho... cativou a raposa.

Um dia chegou a hora da partida... e a raposa disse:
- Ah! eu vou chorar..

- a culpa é sua disse o principezinho, eu não queria te fazer mal... mas tu quiseste que eu te cativasse... 

- quis... disse a raposa !!! 

- mas tu vais chorar ? 

- vou disse raposa !!! 

- então nada sairás lucrando... disse o principezinho !!! 

- eu... lucro sim, disse a raposa... por causa da cor de teus cabelos, ao olhar os campos de trigo tu estarás sempre presente em meu coração...

O pequeno príncipe
Antoine de Saint-Exupéry

sábado, 17 de novembro de 2012

Pará no Brasileiro de Máster em São Paulo

Entre os dias 9 e 17 de novembro foi realizado o XXVIII Campeonato Brasileiro de Basquetebol Máster, seguem algumas fotos das equipes do Pará:






 
 
 
 


 
 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

It Web: Big Data x Relevant Data

Big Data x Relevant Data: explosão de dados migra para filtro de relevâncias

Fonte: http://itweb.com.br/62109/big-data-x-relevant-data-explosao-de-dados-migra-para-filtro-de-relevancias/

O termo Big Data é repetido à exaustão há pelo menos um ano e meio. Os desafios que as empresas e profissionais enfrentam com esse novo paradigma de análise de informação e inteligência de dados passam por formas mais eficazes de armazenamento, extração e boas ferramentas de analytics. Mas até quando isso será possível? Até quando é eficaz guardar toda essa informação? Seria o momento de parar de pensar em Big Data (grandes dados) e passarmos a considerar Relevant Data (dados relevantes)?

Estamos falando em um mundo onde o recém atingido nível de armazenamento de dados zettabytte será suplantado pelo yottabytte, uma combinação numérica com 24 zeros em sua composição. Segundo perspectivas do SAS, o consumo de dados armazenados pelas corporações deve crescer 50 vezes até 2020, chegando a 44 zettabytes. A Symantec explicou que o nível de dados está em 2,2 zettabytes, com aumento de 63% sobre o ano anterior.
Parece existir uma ânsia  em torno do termo Big Data, e o medo que as companhias têm em perder dados relevantes cria um cenário onde armazenar, mesmo que sem critério ou um bom aparato de analíticos, parece ser melhor do que deixar o conteúdo de lado.

“Estamos aprendendo como acessar o valor dos dados agora. Tradicionalmente nós guardamos tudo, mas  isso está se tornando impossível”, ponderou, em entrevista ao IT Web, Joel Makower, fundador do GreenBiz. O executivo esteve no Brasil em outubro para mediar o Verge, rodada de discussão mundial sobre evolução da TI, Telecom e modelos de negócios em uma sociedade mais conectada. “Vamos evoluir em termos de o que precisará ser guardado. Da mesma forma que estamos aprendendo a entender qual tipo de Big Data vamos ouvir”, continuou.

Quando se pensa em Big Data, o que vem à mente, em um primeiro momento, é a produção de conteúdo que a internet 3.0, mais colaborativa que suas gerações anteriores, permite atualmente. Contudo, o conceito é mais amplo. Quando se fala em cidades e prédios inteligentes, sob o conceito de internet das coisas, tudo passa a ter um endereço IP e a rastrear e emitir informações que podem, ou não, ser utilizadas para uma melhor interação da sociedade. O problema é quando o “ou não” toma evidência no contexto da frase anterior, e um sensor emite infinitos dados que não servem para nada, somente para sobrecarregar as redes.

“Pense no futuro, um veículo elétrico em uma estrada inteligente. Serão cinco fluxos de dados diferentes: do veículo para a central, do veículo para a estrada, do veículo para a nuvem, do veículo para o motorista e do veículo para outros veículos, a fim de evitar colisão. Essa informação precisa ser usada em milésimos de segundos, se não perde valor”, exemplifica Makower. Depois disso, a maior parte dos dados vira lixo. Como é impossível para o ser humano lidar com tanta fonte de conteúdo, o papel da tecnologia machine to machine (M2M) é essencial.

Além disso, outro cenário deve ser considerado. “Se pensarmos em um prédio inteligente, qualquer dispositivo ou tomada tem um endereço IP. Alguns deles podem mudar as informações uma vez por semana, outros ficam ali parados por vários dias. Mas algumas coisas mudam a cada segundo, como é o caso dos servidores. Se tratar todas as informações da mesma forma, não tem valor”, ponderou.

Segundo o especialista, a combinação desafio/oportunidade vem da decisão de qual dado deve ser ouvido e avaliado e em qual momento ele deve ser ignorado. “Estamos começando a fazer essas perguntas e entender esses pontos”, considerou.

Gestão por contexto

Em entrevista exclusiva concedida à IT Web durante visita a São Paulo, o vice-presidente mundial de vendas e serviços da Symantec, Bill Robbins,  fez um paralelo da Data Warehouse das empresas com uma garagem, na qual a pessoa guarda todo tipo de objeto – até mesmo tranqueiras – por um período de 20 anos. Se depois de tanta coisa entulhada no local, ela quiser procurar um capacete de bicicleta, qual a garantia de que vai encontrar?

“É por isso que gestão de inteligência de dados é importante. Na Symantec falamos dos dados tendo contexto e relevância. De quem é o dado, quem está acessando, quem permite o acesso, quem criou, onde foi armazenado, qual o contexto? Esse dado é relevante? É uma informação ou é um dado que nunca foi usado?”, exemplificou.

Com base nos critérios, fica mais fácil entender para qual local da rede corporativa  dado deve ser direcionado. Os menos usados vão para um storage menos disponível, com custo reduzido de manutenção. Os mais críticos, ficam na camada superior, para facilitar o acesso. “Identificar contexto e relevância é muito importante”, finalizou.