quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Brasil Estréia com Vitória no Pré-Olímpico de 2011

Mar del Plata / Argentina - A Seleção Brasileira abriu a sua participação no Pré-olímpico Adulto Masculino – 2011, nesta terça-feira (30 de agosto), no ginásio Ilhas Malvinas, na cidade de Mar del Plata, na Argentina, com uma vitória sobre a Venezuela, por 93 a 82 (39 a 44 no primeiro tempo), em duelo válido pela rodada inicial do torneio que qualifica duas nações para os Jogos Olímpicos de Londres.

O jogo foi típico de estreia, acirrado e nervoso, com o time comandado pelo técnico Ruben Magnano, assumindo o comando do marcador no último quarto, quando a defesa cresceu e o ataque fluiu dentro do que foi trabalhado ao longo dos treinamentos.

Jogaram pela Seleção Brasileira: Marcelo Machado (11 pontos, 04 rebotes, 01 assistência e 01 bola recuperada), Nezinho, Rafael Luz (06 pontos e 01 rebote), Augusto César Lima (01 rebote), Vitor Benite (01 rebote e 02 assistências), Marcelo Huertas (16 pontos, 03 rebotes, 07 assistências e 01 bola recuperada), Alex Garcia (15 pontos, 03 rebotes, 01 assistência, 01 bola recuperada e 01 bloqueio), Rafael Hettsheimer (07 pontos e 01 rebote), Guilherme Giovannoni (16 pontos, 06 rebotes, 02 assistências e 03 bolas recuperadas), Caio Torres, Marquinhos Souza (04 pontos, 05 rebotes, 02 assistências e 01 bloqueio) e Tiago Splitter (17 pontos, 11 rebotes, 06 assistências e 02 bloqueios – double-double). Pelo lado da Venezuela, Vasquez foi o maior anotador, com 26 pontos e ainda 04 rebotes e mais 07 assistências.

“O nosso crescimento defensivo e à consciência ofensiva no momento decisivo da partida foram determinantes para que conquistássemos o resultado favorável nesta estreia. O time manteve o controle, mesmo permanecendo atrás no marcador, e conseguiu a virada nos minutos finais, iniciando a competição com um resultado favorável”, analisa o técnico Ruben Magnano, da Seleção Brasileira.

“Sabíamos que o jogo seria duro, como acabou acontecendo, mas o time jogou com força e determinação, conseguindo a virada no quarto final. Vencer na estreia é sempre importante e agora é pensar no Canadá, nosso próximo adversário”, comenta Huertas.

Na segunda rodada, o Brasil enfrenta o Canadá, nesta quarta-feira (31 de agosto), às 20h30, no ginásio Ilhas Malvinas, em Mar del Plata, na Argentina, com transmissão ao vivo pela O jogo terá transmissão ao vivo pelo Sportv, Bandsports, ESPN Brasil e TV Esporte Interativo. Além disso, as estatísticas também estarão disponíveis no site oficial da competição (www.fibaamericas.com).

“Mais um jogo duro, como é a tendência deste Pré-olímpico, em que esperamos desenvolver um jogo com marcação forte e saídas rápidas para o ataque”, analisa Guilherme Giovannoni.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Assembleia de Mobilização Funcionários Banpará

Dando ampla divulgação...
Sindicato convoca Assembléia de Mobilização dos Funcionários do Banpará para próxima quinta-feira (1º/09)
Ter, 30 de Agosto de 2011 15:17

Nesta quinta-feira, dia 1º de setembro, às 18h, na sede do Sindicato (Rua 28 de setembro, nº 1210, Reduto, Belém-PA), será realizada assembleia de mobilização dos funcionários do Banpará. O objetivo é discutir com os empregados do Banco estratégias de mobilização e de negociação com a empresa para a Campanha Específica 2011.

“É muito importante a presença de cada bancário e bancária do Banpará na assembléia de quinta-feira, pois a Campanha Nacional 2011 já começou e, por isso mesmo, devemos estar preparados e mobilizados para defender e lutar por mais e melhores conquistas para todo o funcionalismo do Banpará”, destaca a diretora de saúde do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola.

Após ser aprovada em Assembléia Geral, a minuta específica do Banpará foi entregue pelas entidades representativas da categoria (Contraf-CUT, FetecCUT-CN, Sindicato e Afbepa) no último dia 24 de agosto. O documento é fruto das deliberações do 3º Encontro dos funcionários do Banco, ocorrido este ano, além de conter artigos propostos pelas entidades.

Bandeiras de luta no Banpará para Campanha 2011
  • PCS – Entrega imediata do relatório final e Promoção para todos, sendo: por merecimento em 2011, e por antiguidade em 2012;
  • PLR – Distribuição linear de 20% do lucro líquido do Banpará para todos e todas, ou seja, ativos e licenciados por motivo de doença por todo o período que durar o afastamento;
  • Comissões – Aumento de todas as comissões retroativamente a junho de 2011;
  • Contratações - De 300 novos funcionários em 1 ano, via concurso público, para suprir os déficits das agencias e PAB’s, sobretudo do interior do Estado;
  • Licença prêmio – Com isonomia para todas e todos os funcionários novos e antigos, independente de estarem aposentados;
  • Segurança para todos – Contratação imediata de empresa especializada que fique responsável pela guarda das chaves das agências e PAB’s;
  • Custeio - Do tratamento das doenças do trabalho para empregados da ativa e aposentados por invalidez e empregados com traumas e/ou ferimentos em situação pós-assalto;
  • Ponto Eletrônico - Com registro obrigatório para todos os funcionários, inclusive os de nível gerencial;
  • Plano de Saúde - Direito de incluir pai e mãe no plano da Unimed.
Fonte: Bancários PA

Troca de Senha


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dia 27/8 Encontro dos Colecionadores de Quadrinhos

Atenção galera, divulgando a pedido.

Dia 27/8 teremos teremos o Encontro dos Coleccionadores de Quadrinhos, com bate papos, quadrinhos e vídeos, será às 15h na Livraria Saraiva no Shopping Doca Boulevard, sejam imagens do evento:


Informações: luta@oi.com.br

sábado, 20 de agosto de 2011

Amazônia Comicon 2011



Informações
Luiz Cláudio
Ponto de Fuga
luta@oi.com.br

Brasil em 2008 x Brasil em 2011: estamos mais bem preparados?

A pedido de EXAME.com, a LCA Consultores levantou 11 indicadores que mostram o atual nível de blindagem da economia brasileira.

 
São Paulo – Não é possível afirmar qual será a extensão da atual crise na economia dos países desenvolvidos e seus reflexos no Brasil. Em 2008, havia bancos e empresas em apuros. Agora, são os governos endividados que tiram o sono dos investidores.

O cenário mais provável apontado pelos economistas ainda é de “apenas” crescimento muito baixo durante vários anos nos países ricos. Um duplo mergulho recessivo só virá, dizem os analistas, se houver alguma ruptura no sistema financeiro que afete o canal de crédito.

O desempenho da China, nosso principal cliente externo, é fundamental para determinar o grau de contaminação da economia brasileira. Se os chineses souberem driblar as dificuldades, o Brasil será favorecido.

Mas, na ponta do lápis, qual é o nível de blindagem da nossa economia? Estamos mais bem preparados do que estávamos em 2008? A pedido de EXAME.com, o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, levantou e analisou 11 indicadores que, reunidos, formam um raio-x da saúde econômica do Brasil.

“De uma forma geral, estamos mais bem preparados do que estávamos na crise de 2008. Se por um lado a contração inicial da atividade econômica pode ser maior por causa do volume maior de estoques, por outro, o tempo e o ritmo de recuperação tendem a ser mais rápidos”, diz Borges.

Veja a seguir a comparação entre os dois períodos. Ao lado de cada indicador, está destacado se o quadro melhorou, piorou ou ficou sem alteração (veja tabela resumo na última página desta reportagem).
 
Reservas internacionais – o quadro melhorou
Em agosto de 2008, o Brasil tinha US$ 210 bilhões em reservas internacionais. Agora, possui US$ 350 bilhões. “É importante notar que, em 2008, a dívida externa de curto prazo (com vencimento em até um ano) consumia um quarto das reservas. Agora, representa apenas um sexto das reservas, o que nos dá ainda mais tranquilidade”, diz Bráulio Borges.
 
Alavancagem dos bancos – praticamente igual
Em setembro de 2008, o índice de Basileia era de 16,5%, ou seja, os bancos tinham R$ 16,50 de capital próprio para cada R$ 100 emprestados. O dado mais recente, de dezembro de 2010, está em 16,9%. O índice recomendado internacionalmente é de 8% e o Banco Central determina 11%. “Estamos bem tranquilos. É possível que o número atual esteja ainda melhor por causa das medidas macroprudenciais. A saúde do nosso sistema financeiro, na média, está boa, mas isso não quer dizer que alguns bancos eventualmente não tenham problema de liquidez caso a crise se agrave”, avalia o economista-chefe da LCA Consultores.
 
Depósitos compulsórios – o quadro melhorou
Em agosto de 2008, o Banco Central tinha R$ 261 bilhões retidos em depósitos compulsórios. Agora, possui R$ 459,6 bilhões. “Hoje, o Banco Central tem uma capacidade de injetar muito mais liquidez na economia do que tinha naquela época”, diz Borges.
 
Taxa Selic – “piorou”
Para o funcionamento normal da economia, quanto menor a Selic, melhor tende a ser o desempenho da atividade produtiva. Porém, quando se fala em resposta a uma crise, quanto mais baixa a Selic estiver, menos espaço haverá para a política monetária. Em setembro de 2008, a taxa básica de juros estava em 13,75%, e, atualmente, está em 12,50%. “Hoje temos uma margem menor de manobra para a redução de Selic”, diz o economista. É nesse sentido que o quadro “piorou”.
 
Taxa de desemprego – melhorou
Em agosto de 2008, a taxa de desemprego dessazonalizada era de 7,5%. Agora, em junho, é de 6,1%. “A velocidade de recuperação da economia após um choque tende a ser maior agora dado que a gente parte de um nível de desemprego mais baixo”, diz Bráulio Borges.
 
Superávit primário – piorou
O superávit primário mede a capacidade do governo de fazer política fiscal anticíclica. Em setembro de 2008, o superávit era de 3,9% do PIB no acumulado em 12 meses. Agora, no dado mais recente de junho, é de 3,5%. Descontada a operação de capitalização da Petrobras, o superávit é de 2,7%. “Do ponto de vista do resultado primário, a margem fiscal do governo é menor agora”, explica o economista-chefe da LCA Consultores.
 
Dívida pública – melhorou
A dívida líquida em relação ao PIB era de 42,9% em agosto de 2008. O dado mais recente, de junho de 2011, mostra que essa relação caiu para 39,7%. “Se por um lado o superávit primário piorou (ver acima), por outro, a dívida é menor, o que dá margem para uma expansão dos gastos temporariamente. Na prática, um dado compensa o outro”, avalia Borges. A dívida bruta, por sua vez, não sofreu quase alteração (56% em 2011 ante 56,1% em 2008). Apenas para efeito de comparação, os países desenvolvidos que estão em sérias dificuldades têm endividamento superior a 90% do PIB.
 
Inflação oficial medida pelo IPCA – piorou
Em agosto de 2008, o IPCA registrava alta de 6,2% no acumulado em 12 meses. Em julho deste ano, a inflação oficial acumula 6,9%, acima do teto da meta (6,5%). “Isso é ruim porque a gente parte de uma inflação mais alta, o que nos dá uma margem menor de manobra na hora de estimular a economia. É claro que tudo depende da severidade da crise. Se ela for pior que a de 2008, tanto faz o nível de inflação, pois a recessão derrubará os preços. Porém, se for apenas um crescimento mais morno lá foro, isso faz uma diferença considerável”, diz o economista.
 
Nível de estoque da economia – piorou
Estoques muito elevados são um sinal de perigo em momentos de crise. Estudo da FGV mostra que, em agosto de 2008, 6,5% das indústrias relatavam ter estoques excessivos e 5,5% diziam ter estoques insuficientes para atender a demanda. A diferença líquida entre esses dois índices era de 1% de estoques excessivos. Agora, em julho de 2011, são 6,6% e 2,2%, respectivamente, dando uma diferença líquida de 4,4% de estoques excessivos. “Isso significa que hoje a indústria está mais estocada, o que é ruim. A atividade está mais fraca e, se vier um choque de demanda, levará mais tempo para os empresários se livrarem dessas mercadorias", diz Bráulio Borges.
 
Grau de exposição cambial das empresas – melhorou
Embora não exista um dado oficial, a LCA Consultores estima que, ao contrário de 2008, agora não há grandes exposições cambiais de empresas. Na ocasião, companhias como Sadia e Aracruz tiveram sérias dificuldades com apostas em derivativos. “As medidas que o Banco Central tem tomado estão inibindo essas operações. Isso significa que, em tese, o dólar tende a se desvalorizar menos em caso de agravamento da crise. Em 2008, as empresas estavam excessivamente vendidas em dólar e tiverem que sair correndo para comprar a moeda americana quando a crise estourou , causando a disparada da cotação do dólar”, avalia o economista-chefe da LCA Consultores.
 
Exportações – melhorou
O peso das exportações em relação ao PIB mostra o quanto um país depende do comércio exterior para crescer. Essa dado é importante em momentos de crise internacional, quando as exportações e as importações tendem a esfriar. No caso do Brasil, essa relação era de 14,4% no terceiro trimestre de 2008 e, agora, no primeiro trimestre deste ano, está em 10,7%, ou seja, o Brasil depende menos do comércio exterior. Apenas para efeito de comparação, a média mundial é de 27%. “O cenário perfeito seria o Brasil não depender tanto de commodities, mas, de qualquer forma, essa relação exportações/PIB é positiva. Isso significa que o mercado interno garante a proteção do Brasil em momentos de crise”, diz Borges.
 
Quadro resumo dos 11 indicadores analisados pela LCA Consultores
Indicadores 2008 2011 Melhorou ou piorou?
Reservas internacionais US$ 210 bi US$ 350 bi melhorou
Alavancagem dos bancos 16,5% 16,9% praticamente igual
Depósito compulsório R$ 261 bi R$ 459 bi melhorou
Taxa de juros (Selic) 13,75% 12,50% "piorou"
Taxa de desemprego 7,5% 6,1% melhorou
Superávit primário/PIB 3,9% 2,7% piorou
Dívida líquida/PIB 42,9% 39,7% melhorou
Inflação (12 meses) 6,2% 6,9% piorou
Nível de estoques (líquido) 1% 4,4% piorou
Exposição cambial grande pequena melhorou
Exportações/PIB 14,4% 10,7% melhorou

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Taxas Cobradas pelos Senhores Feudais

Fonte: http://www.historiaemperspectiva.com/2011/08/impostos-taxas-e-tributacoes-no-brasil.html
       Postado por André Rodrigues às Quarta-feira, Agosto 10, 2011

Impostos, Taxas e Tributações no Brasil atual e na Idade Média: percebam alguns semelhanças e diferenças...

Comparação entre taxas cobradas pelos Senhores feudais aos camponeses na idade Média e os impostos pagos pelos brasileiros em dias atuais.

O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média.

Segundo o teórico escocês do Iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e sucedido pelo capitalismo em certas regiões da Europa. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhas dava. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.

Tributos e impostos da época. As principais obrigações dos servos consistiam em:
  • Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana;
  • Talha: parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre, geralmente um terço da produção;
  • Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes;
  • Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
  • Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;
  • Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;
  • Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;
  • Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, regra também válida para quando um parente do nobre iria casar. Todo casamento que ocorresse entre servos deveria ser aceito pelo suserano. No sul da França, especificamente, o Senhor poderia ou não determinar que a noite de núpcias de uma serva seria para o usufruto dele próprio e não do marido oficial. Tal fato era incomum no restante da Europa, pois a igreja o combatia com veemência;
  • Mão Morta: era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família;
  • Albermagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal caso fosse necessário.
Muitas cidades europeias da Idade Média tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos nobres. Essas cidades chamavam-se burgos. Por motivos políticos, os "burgueses" (habitantes dos burgos) recebiam frequentemente o apoio dos reis que, muitas vezes, estavam em conflito com os nobres. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno. Em Bruges, por exemplo, conta-se que certa vez um servo escapou da comitiva do conde de Flandres e fugiu por entre a multidão. Ao tentar reagir, ordenando que perseguissem o fugitivo, o conde foi vaiado pelos "burgueses" e obrigado a sair da cidade. Desta maneira, o servo em questão tornou-se livre.

Bibliografia:

ARRUDA, J. Jobson - História Antiga e Medieval - Ed. Ática - 1982
PIRENNE, H. - As Cidades na Idade Média – Lisboa - Public. Europa - América- 1964
PIRENNE, H.- História Econômica e Social da Idade Média:- ed. Mestre Jou - 6ª Edição - 1982
ABRAHÃO, Miguel M. - História Medieval - 10ª Edição - Clube de Autores - 2009
DOBB, M. - A Evolução do Capitalismo - ed. Zahar
CARVALHO, Delgado de - História Geral – Ed. Record - s/d
BURNS, Edward Mcnall - História da Civilização Ocidental (Volume 1) - Editora Globo, 1979

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Novo Basquete 3x3

Fontes: http://www.cbb.com.br/arbitragem/notas.asp?st=16
      e http://www.cbb.com.br/noticias/showrelease.asp?artigo=8810

Paulo Villas Bôas, diretor de relações institucionais da CBB, membro da comissão de basquete da Juventude e de competições internacionais esteve presente no Workshop da FIBA 3x3, realizado na cidade porto-riquenha de San Juan, entre os dias 13 e 14 de agosto. Além do Brasil, participaram os representantes da República Dominicana, Equador, Guatemala, Porto Rico e Venezuela. O evento voltado exclusivamente aos países do continente americano foi ministrado por Alex Sánchez-Mollinger, membro do grupo FIBA 3x3. Sánchez explicou o que a FIBA tem programado para o futuro da modalidade.

"Estamos completamente seguros de que o basquete 3x3 é um programa chave no processo de massificação que a FIBA e consequentemente a FIBA Américas tem para com o basquete em nosso continente. Esse é um momento emocionante em nossa modalidade. Estamos crescendo e o 3x3 é o melhor exemplo, porque trará para a FIBA um novo tipo jogador de basquete que antes não podíamos alcançar”, disse Alberto García, Secretario Geral da FIBA Américas.

“Na sua essência, o FIBA 3x3 é um programa de basquete inclusivo. Nosso compromisso é com desenvolvimento do basquete no mundo, agora temos uma disciplina especifica que não é exclusiva aos jogadores profissionais. Qualquer um pode jogar 3x3, as pessoas já têm jogado há bastante tempo. Agora na FIBA estamos concentrados em seu crescimento, e através de nossa organização, com as federações nacionais, se estabelecerá rapidamente como uma disciplina a ser tomada a sério”, falou Alex Sánchez-Mollinger, palestrante do workshop.

“Nós da CBB acreditamos no grande potencial do basquete 3x3 para a divulgação e massificação do basquete na juventude. É uma disciplina bem mais aberta e social para o desenvolvimento do esporte, além de dar oportunidade para todas as faixas etárias participarem”, finalizou Paulo Villas Bôas.

Conheça as regras oficiais do basquete FIBA 3x3:

O jogo de Basquete 33 (FIBA 33) será jogado de acordo com as Regras descritas abaixo.

As Regras Oficiais do Basquete da FIBA são válidas para todas as situações do jogo não mencionadas especificamente nas Regras Basquete 33 (FIBA 33). O espírito do jogo leal e do senso esportivo são elementos fundamentais nas Regras do Basquete 33 (FIBA 33).

Artigo 1 - Quadra: A partida será jogada na meia quadra de uma quadra regular do basquetebol da FIBA.

Artigo 2 - Equipes: Cada equipe deverá ter o máximo de quatro (4) jogadores (três (3) jogadores na quadra e um (1) substituto e um (1) técnico.

Artigo 3 - Oficiais: Os Oficiais deverão ser: um (1) árbitro auxiliado por três (3) oficiais de mesa (um Apontador, um Cronometrista e um Operador de dez (10) segundos.

Artigo 4 - Inicio da partida:
4.1 As duas equipes devem aquecer simultaneamente (3 minutos).
4.2 A partida deverá começar com a equipe "A" fazendo um arremesso da linha de 3 pontos, convertendo o arremesso, a equipe ganha posse de bola iniciando do lado de fora da quadra pela lateral. Caso não converta, a posse de bola será da equipe "B".
A equipe que perder a posse de bola terá o direito a uma reposição conforme a regra de Posse Alternada. A seta será indicada para o banco da equipe que terá a próxima oportunidade da Posse Alternada.

Artigo 5 - Tempo da Partida - Vencedor da Partida:
5.1 O tempo regular da partida consiste em dois (2) períodos de cinco (5) minutos cada.
5.2 Porém, caso uma equipe consiga marcar 33 ou mais pontos antes do término do tempo de jogo previsto acima, ela será considerada imediatamente como vencedora.
5.3 Se ao final do tempo regular o placar estiver empatado, serão acrescidos tantos períodos extras de dois (2) minutos quantos forem necessários para obter o desempate.
5.4 Haverá um intervalo de um (1) minuto antes de cada período e de cada período extra.
5.5 A equipe perderá a partida por desistência (33 x 00) se três (3) minutos após o horário marcado para o início da partida ela não se fizer presente na quadra de jogo com três (3) jogadores prontos para jogar.

Artigo 6 - Faltas de jogador - Faltas de equipe: Um jogador que cometer cinco (5) faltas será excluído da partida. Uma equipe estará em uma situação de penalidade após cometer quatro (4) faltas no período.

Artigo 7 - Aparelho de Dez Segundos: A equipe deve efetuar um arremesso à cesta dentro de dez (10) segundos.

Artigo 8 - Como a bola é jogada:
8.1 Prosseguimento após cada cesta de campo ou lance livre convertido:
  • Um jogador da equipe que sofreu a cesta reiniciará a partida efetuando um passe de fora para dentro da quadra a partir de qualquer posição da quadra para qualquer um dos seus companheiros. Caso este se encontre na área de dois pontos deverá, através do drible ou passe, fazer a bola chegar à área de três pontos.
  • Pelo menos um passe deverá acontecer entre os jogadores da equipe atacante antes efetuar uma tentativa de pontuar.
8.2 Após cada arremesso de campo ou último lance livre não convertido:
  • Caso a equipe atacante ganhe o rebote, ela pode continuar a tentar marcar pontos sem retornar a bola para trás da linha de três pontos.
  • Caso a equipe defensiva ganhe o rebote, ela deve retornar a bola (passando ou driblando) para trás da linha de três pontos.
  • Pelo menos um passe deverá acontecer entre os jogadores da equipe atacante antes efetuar uma tentativa de pontuar.
8.3 Após roubo de bola, perda da bola etc.:
  • Se isto acontecer dentro da área de dois pontos, a bola deve ser passada ou driblada para um local atrás da linha de três pontos. Uma vez que a bola esteja atrás da linha de três pontos, pelo menos um passe deverá acontecer entre os jogadores da equipe atacante antes efetuar uma tentativa de pontuar.
8.4 Todas as reposições decorrentes de faltas (sem lances-livres), violações, bola fora de quadra, inicio do segundo período e de cada período extra, terão lugar fora da quadra, próximo do topo da linha de três pontos, no lugar mais próximo da infração. Os lugares deverão estar marcados fora da quadra com uma linha de cinco (5) cm. O árbitro entregará a bola para o jogador que fará a reposição e este deverá efetuar um passe para um companheiro que se encontre em qualquer posição dentro da quadra. Contudo, caso o jogador que receba o passe esteja na área de dois pontos, ele deverá driblar ou passar a bola para um local atrás da linha de três pontos.

Artigo 9 - Substituição: A substituição será permitida quando a bola se tornar morta e o cronometro de jogo estiver parado.

Artigo 10 - Tempo Debitado: Nenhum tempo debitado será concedido para qualquer equipe em qualquer momento.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Torneio Internacional Eletrobras de Basquete - Copa Jenaro Tuto Marchand 2011

Fonte: http://www.cbb.com.br/noticias/showrelease.asp?artigo=8802

A cidade paranaense de Foz do Iguaçu receberá entre os dias 24 e 26 de agosto, o Torneio Internacional Eletrobras de Basquete - Copa Jenaro Tuto Marchand 2011. Quem quiser acompanhar de perto as disputas entre as estrelas do basquete das seleções do Brasil, Canadá, Porto Rico e República Dominicana já podem adquirir os ingressos. Os jogos serão realizados no Ginásio Costa Cavalcanti (Rua Lisboa, s/nº - Jardim Alice I), com transmissão ao vivo pelo SPORTV.

A Copa Jenaro Tuto Marchand é preparatória para o Torneio Pré-Olímpico Masculino, que será disputado em Mar Del Plata, na Argentina, de 30 de agosto a 11 de setembro.


Programação Copa Tuto Marchand:
  • Quarta-feira (24 de agosto) Brasil x Canadá (19h) e República Dominicana x Porto Rico (21h15);
  • Quinta-feira (25 de agosto) Porto Rico x Canadá (19h) e Brasil x República Dominicana (21h15);
  • Sexta-feira (26 de agosto) Canadá x República Dominicana (19h) e Brasil x Porto Rico (21h15).
Seleção Brasileira Adulta Masculina
Nome – Posição – Idade – Altura – Clube – Natural
  1. Alex Garcia – Ala – 31 anos – 1,91m - Uniceub/BRB/Brasília (DF) – SP
  2. Augusto Cesar Lima – Ala/pivô – 19 anos – 2,07m – Unicaja (ESP) – RJ
  3. Caio da Silveira Torres – Pivô – 24 anos – 2,11m – CR Flamengo (RJ) – SP
  4. Guilherme Giovannoni – Ala/pivô – 31 anos – 2,04m – Uniceub/BRB/Brasília (DF) – SP
  5. Marcelo Huertas – Armador – 28 anos – 1,90m – Regal FC Barcelona (ESP) – SP
  6. Marcelo Magalhães Machado – Ala/armador – 36 anos – 2,00m – CR Flamengo (RJ) – RJ
  7. Marcus Vinicius Vieira de Sousa – Ala – 27 anos – 2,07m – Pinheiros (SP) – RJ
  8. Paulo Sérgio Prestes - Pivô - 23 anos - 2,10m - CB Murcia (ESP)- SP
  9. Rafael Freire Luz – Ala/Armador – 19 anos – 1,85m – Lucentum Alicante (ESP) – SP
  10. Rafael Hettsheimeir – Pivô – 25 anos – 2,05m – CAI Zaragoza (ESP) – SP
  11. Tiago Splitter – Pivô – 26 anos - 2,11m – San Antonio Spurs (EUA) – SC
  12. Vitor Alves Benite – Ala/armador – 21 anos – 1,90m – Winner/Limeira (SP) – SP
  13. Welington Reginaldo dos Santos – Armador – 30 anos – 1,85m – Uniceub/BRB/Brasília (DF) – SP

Comissão Técnica
Diretor: Vanderlei Mazzuchini
Técnico: Ruben Magnano
Assistentes Técnicos: José Alves Neto, Fernando Duró e Demétrius Ferracciú
Preparadores Físicos: Diego Jeleilate e Diego Falcão
Fisiologista: Rafael Fachina
Médico: Danilo Incerti
Fisioterapeutas: Silas Wascuzuk Jr, Adriano B. Tambosi e Daniel Hideki Kan
Nutricionista: Gislaine Bueno

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Paraenses de Mentira

Recebi este texto abaixo e coloco aqui pra mostrar os paraenses que mentem de verdade!!!!

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Eu também repasso, por faça o mesmo repasse aos paraenses de verdade.

PARA DIVULGAR

Com a divisão 90% dos funcionários públicos do estado do Pará serão demitidos em massa, e os novos estados só poderão fazer concurso em 20 anos,enquanto isso os políticos e magistrados ficarão no poder com suas famílias,luxando com o dinheiro do seu tributo. O efetivo policial será reduzido por menos da metade,os funcionários de todas as secretarias serão reduzidos...
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É, um país que idolatra as ex-BBBs, sou mais a apresentadora Priscila da TV Colosso. É, pois Cadela por cadela, ela, pelo menos, me fazia rir de verdade! Diferente desses paraenses que mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem, mentem e mentem, só pra se darem bem.

Eu voto pela CRIAÇÃO dos estados do Tapajós e do Carajás.

Esses que olham o próprio umbigo teimam em falar em divisão, tenho pena.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Há 20 Anos, Brasil Surpreendeu no Pan de Havana e Levou a Medalha de Ouro no Basquete Feminino

Fonte: CBB em http://www.cbb.com.br/noticias/showrelease.asp?artigo=8788

Comandadas por Paula e Hortência, brasileiras vencem cubanas por 97 a 76 e sobem no degrau mais alto do Pan-Americano de Havana.

Foi a primeira vitória importante da equipe e marcou a arrancada de uma geração inteira”, ressalta Hortência.

Apesar de depois termos vencido um Mundial e conquistado uma prata olímpica essa medalha de ouro no Pan de Havana teve uma repercussão maior por tudo que envolveu”, afirma Paula.

Durante a cerimônia no pódio, o líder cubano Fidel Castro brincou com as estrelas, e aquele time passou a ser respeitado no cenário internacional.

"A figura do Fidel marcou para o Brasil todo. Afinal de contas tínhamos acabado de vencer a equipe dele. Independente de posições políticas, ele foi um grande líder”, conclui Hortência.

Foi muito gentil da parte do Fidel descer de seu camarote para parabenizar nossa equipe. Só deu mais valor ao nosso título”, disse Paula.

No ano seguinte, em 1992, pela primeira vez a seleção se classificou para os Jogos Olímpicos, o que resultou no sétimo lugar em Barcelona. Dois anos depois, a conquista do título mundial, na Austrália, e em 1996, a prata olímpica, em Atlanta.

Apesar de depois termos vencido um Mundial e conquistado uma prata olímpica essa medalha de ouro no Pan de Havana teve uma repercussão maior por tudo que envolveu”, lembra Magic Paula.

Antes dos Jogos Pan-Americanos em Cuba, a seleção brasileira feminina não havia conquistado sucesso em competições internacionais – até então, a equipe nunca havia disputado uma Olimpíada e o único pódio em Mundiais havia sido a medalha de bronze em 1971, em São Paulo.

Além de Paula e Hortência, a equipe da técnica Maria Helena Cardoso contou Janeth, que atualmente acompanha a seleção Universíade, na China, que mesmo distante lembrou-se da conquista.

Foi um momento muito importante para todas nós. Era um grupo muito unido, muito bem entrosado e harmonioso”, lembra Janeth.

O presidente da CBB, Carlos Nunes, falou da importância do título para o basquete atual: “É uma conquista que até hoje colhemos frutos. Desde aquele dia, há 20 anos, serve de inspiração para as meninas que hoje jogam basquete e se preparam para disputar o Pré-Olímpico, em Neiva, na Colômbia. É um motivo de muito orgulho para nós brasileiros”, conclui.

CAMPANHA INVICTA: O Brasil começou com vitória sobre os EUA. Depois, venceu Canadá, Cuba, Argentina, Canadá de novo e, na decisão, as donas da casa.

Delegação brasileira: Hortência, Paula, Marta, Ruth, Janeth, Nádia, Vânia, Simone, Ana Motta, Joyce, Roseli e Adriana.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sobre a Divisão de Estado do Pará

12 MOTIVOS A FAVOR DE TAPAJÓS E CARAJÁS

Carajás e Tapajós são respostas ao principal problema da Amazônia.

1. Todos os diagnósticos apontam como o principal problema da Amazônia a ausência de Poder Público.

2. De fato, com 45% do território nacional, a Amazônia só recebe 12,9% do repasse dos recursos constitucionais, pois as regiões com maior número de Estados e Municípios recebem a maior parte.

3. O Estado de Minas Gerais possui mais quilômetros de rodovias federais asfaltadas do que todos os 7 Estados da Amazônia juntos.

4. Toda a região amazônica detém míseros 12% de toda a rede de rodovias federais pavimentadas.

5. Dos 28.314 quilômetros da rede ferroviária nacional, a Amazônia participa com minguados 429 quilômetros, ou 1,52% (isso mesmo, menos de 2%).

6. Se transporte hidroviário é a vocação da maior parte da região, não existem investimentos significativos para viabilizar a infraestrutura necessária, pois nem Belém, a capital do Pará, possui um terminal de embarque e desembarque adequado às necessidades e exigências locais, imagine os Municípios do interior na extensa região ribeirinha amazônica.

7. A criação dos Estados Tapajós e Carajás, com mais o Estado do Pará, fortalecerá a presença da região no cenário nacional e certamente demandará investimentos públicos federais em cada um desses Estados, como tem acontecido nas outras regiões do Brasil.

8. Hoje a região amazônica é sub-representada no Congresso e no cenário político nacional, pois com a maior parcela do território nacional, com toda a biodiversidade e importância estratégica internacional, a Região Amazônica possui 12,6% da representação política na Câmara dos Deputados, enquanto o Nordeste possui 29,4% dessa representação.

9. Essa assimetria política aprofunda as diferenças sociais e econômicas, pois nos últimos anos as transferências voluntárias de recursos federais da União (através de Convênios para investimentos) oscilaram entre 16 a 18% para a Região Amazônica, enquanto para o Nordeste oscilaram entre 34 a 36%.

10. Aprofundando essas desigualdades e assimetrias, enquanto toda a Região Amazônica possui 8 Universidades Federais, somente o Estado de Minas Gerais possui 11. Se formos levar em consideração os Institutos Tecnológicos, a Região Amazônica possui 5 enquanto a Região Sul (com 3 Estados) possui também 5.

11. Enquanto a região, em especial o Estado do Pará, é um dos maiores produtores de energia elétrica do Brasil, toda a Amazônia só participa com 5,47% na renda nacional da produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; e 7,5% da renda nacional de administração, saúde, educação pública e seguridade social.

12. O custeio da máquina administrativa federal consome R$ 12,1 bilhões no Estado de São Paulo; R$ 9,3 bilhões no Estado do Rio de Janeiro; e R$ 7,3 bilhões em TODA a Região Amazônica. O Rio de Janeiro possui 150 mil funcionários públicos federais, enquanto TODA a Região Amazônica possui 63 mil. O Pará é o segundo maior Estado da Federação, mas é o 10º no custeio da máquina do Governo Federal. O Amazonas é o maior Estado da Federação, mas é o 19º no custeio da máquina do Governo Federal.

Esses dados consolidam o quadro que demonstra o drama da ausência de Poder Público na Amazônia, o que só se resolve, obviamente, com a presença de mais Poder Público na Amazônia, daí a importância de criar os Estados do Tapajós e Carajás e de fortalecer o Novo Estado do Pará.

Fidelis Paixão
Advogado ambientalista, pastor, educador e empreendedor social.
www.fidelispaixao.blogspot.com
www.facebook.com/fidelis.paixao
Skype: fidelispaixao
Twitter: @fidelispaixao

(recebido por email, vivaldo.reis@gmail.com, de Vivaldo de Oliveira Reis Filho)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Estou mais preparado hoje do que em 1994

Fonte: www.ig.com.br, Home iG › Esporte › Basquete

É interessante:

Para buscar uma vaga nas Olimpíadas de Londres, a seleção brasileira feminina de basquete disputará o Pré-Olímpico na cidade de Neiva, na Colômbia, a partir de 24 de setembro, com um personagem bastante conhecido na história recente da modalidade no Brasil. Em sua primeira experiência no comando de uma equipe feminina, Ênio Vecchi, de 51 anos, retorna ao cargo máximo de uma seleção brasileira disposto a escrever uma história mais feliz do que em sua primeira experiência.

Em 1994, Vecchi comandou a seleção masculina na pífia campanha no Campeonato Mundial do Canadá, quando a equipe – que por conta de uma renovação forçada pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete) – terminou somente no 11º lugar, com um time repleto de garotos inexperientes e sem ter a presença de Oscar Schmidt, que ainda brilhava no basquete europeu. No ano seguinte, com Vecchi sendo substituído por Ary Vidal e tendo Oscar no time, a seleção conseguiu a vaga para as Olimpíadas de Atlanta. Foi a última vez que o time masculino do Brasil conseguiu este feito.

Mas Ênio não se arrepende do trabalho realizado. Muito pelo contrário. “Naquele momento, a história confirma isso, tinha que ser feita aquela renovação. Em 95, conseguimos a classificação para os Jogos, tudo bem, mas do que adiantou tudo aquilo?”, pergunta o treinador, que não está assustado em ter como primeira experiência no comando de um time feminino ser justamente a seleção brasileira.

“É um novo desafio. Isso é importante na carreira de qualquer técnico, isso te motiva. Não pensei muito para aceitar, pois é um dos cargos mais importantes do esporte brasileiro e uma oportunidade única de disputar um Pré-Olímpico, com a possibilidade de classificar para as Olimpíadas”, diz Vecchi.

Em entrevista exclusiva ao iG, Ênio Vecchi também comentou sobre sua adaptação ao trabalho com as mulheres, a possibilidade de aproveitamento da jovem pivô Damiris, destaque na campanha da medalha de bronze do Brasil no Mundial Sub 19, e também sobre como pretende administrar a talentosa e temperamental ala Iziane, famosa pela briga com o ex-técnico da seleção Paulo Bassul, no Pré-Olímpico Mundial de 2008, em Madri.

iG: Em 1994, a seleção masculina fracassou sob seu comando no Mundial do Canadá. Hoje você se sente mais preparado para assumir uma seleção do que naquela época?
Ênio Vecchi: Lógico, com certeza. Mas experiência só se ganha com o tempo como técnico, tudo serve de referência. O principal problema no Mundial de 94 foi que os dois alas titulares, Fernando Minucci e Chuí, se machucaram em cima da hora. São várias circunstâncias que atrapalharam aquela equipe. O  feminino na época também fez uma renovação, só que foi campeão mundial.

iG: O fato de não ter uma vivência com o basquete feminino chegou a lhe preocupar antes de aceitar o cargo?
Ênio Vecchi: Sim, houve uma preocupação inicial porque sempre acompanhei o basquete feminino mais de longe. Por isso, comecei a ver de perto os treinos das seleções Sub 16, Sub 17, acompanhei o time Sub 19 desde o início da preparação. Então, isso me deixou mais tranqüilo. O que já deu para perceber na rotina de treinamentos é que no feminino existe uma concentração mais aguçada, uma entrega mais marcante em relação ao treinamento e sistema de jogo. Elas procuram superar a diferença física em relação aos homens trabalhando a parte intelectual do jogo com mais intensidade.

iG: Alguns colegas seus que trabalham no basquete feminino criticaram a sua escolha para o cargo, justamente por nunca ter trabalhado na área. Como você recebeu estas críticas?
Ênio Vecchi: Acho que é normal ter este tipo de reação. Mas todos eles conhecem minha carreira, sabem do meu trabalho. estamos num país onde as pessoas são livres para opinar. Não vejo como algo problemático. No vôlei isso foi feito e todo mundo aplaude. As pessoas analisam situações iguais e analisam de forma diferente. Mas isso não me magoa nem chateia.

iG: Você acompanhou o desempenho da pivô Damiris no Mundial Sub 19. Pretende aproveitá-la na equipe neste Pré-Olímpico?
Ênio Vecchi: Certamente. Foi muito importante a participação dela no Mundial, foi notório o destaque dela. Ela tem dois fundamentos muito importantes, como ser cestinha e ótima reboteira. Ela tem um potencial muito grande, já é uma realidade e tem potencial para se desenvolver cada vez mais.

iG: Você deve ter acompanhando o episódio da discussão da Iziane com o Paulo Bassul, no Pré-Olímpico mundial em Madri, em 2008. Como você pretende administrar o fato de Iziane, apessar de ser um grande talento, ter um temperamento complicado?
Ênio Vecchi: Temos que sempre convergir para um bem maior, que é a seleção. A Iziane está aqui para servir o nosso país, precisa ter esta ideia muito clara na cabeça. Isso é muito mais importante do que qualquer problema pessoal. Mas não irei trazer à tona uma coisa que aconteceu lá atrás. A relação lá foi uma, agora é outra realidade. O caminho do entendimento é o melhor a ser tomado.